O projeto Trilhas do Cairo, apoiado pelo Fundo de População das Nações Unidas no Brasil (UNFPA) e pela Embaixada Britânica, fortalece 12 organizações da sociedade civil que atuam diretamente no combate a essas práticas. Essas ONGs desempenham um papel essencial na prevenção do tráfico de pessoas, oferecendo apoio a vítimas e trabalhando para reduzir o impacto da exploração sexual, ao mesmo tempo em que promovem a igualdade de gênero e defendem os direitos humanos. A ação integrada dessas entidades contribui significativamente para a criação de uma rede de proteção e para a construção de uma sociedade mais justa, na qual a dignidade humana seja respeitada.
O Projeto visa fortalecer essas entidades, que desempenham um papel fundamental na proteção de indivíduos vulneráveis, na promoção de direitos humanos e igualdade de gênero, especialmente nas regiões mais afetadas por esses crimes.
Dados revelam que:
O tráfico de pessoas é uma preocupação crescente no país, com mais de 1.500 denúncias anuais, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública. As vítimas, principalmente mulheres e crianças, são exploradas para trabalho forçado e exploração sexual. A colaboração entre as organizações visa adotar uma abordagem integrada, que inclui prevenção, conscientização e assistência às vítimas.
A representante do UNFPA no Brasil e diretora de país para o Uruguai e Paraguai, Florbela Fernandes, destacou a relevância da parceria entre o UNFPA e o governo do Reino Unido no combate à exploração sexual e ao tráfico de pessoas no Brasil.
"Esta ação responde aos princípios estabelecidos na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento (CIPD) de Cairo. Por meio dessa colaboração, queremos fortalecer a atuação de organizações locais, ampliar a produção de dados que subsidiam políticas públicas eficazes e promover ações que colocam os direitos humanos, a igualdade de gênero e a dignidade das pessoas no centro das estratégias de prevenção e enfrentamento dessas graves violações. O UNFPA Brasil está comprometido com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e segura para todas as pessoas", concluiu Florbela Fernandes.
As entidades selecionadas para o projeto estão sediadas na região da Amazônia Legal Brasileira (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins) e nos estados de Bahia, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.
Entre as organizações apoiadas estão:
- Associação Beradeiro (Rondônia)
- Associação de Mulheres Vitória-Régia do Município de Parintins (Amazonas)
- Associação de Trabalhadoras Domésticas Tereza de Benguela (Minas Gerais)
- Associação DPAC Fronteira (Amapá)
- Coletivo Feminista de Mulheres Negras do Tocantins, Ajunta Preta (Tocantins)
- Cores Movimento de Defesa da Cidadania e do Orgulho LGBT+ (Pernambuco)
- Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas – FENATRAD (Acre e Amapá)
- Grupo Sabá (Roraima)
- Humanidade Mais que Fronteiras (Roraima)
- Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (Pernambuco)
- Instituto Valquírias World | Nação Valquírias (São Paulo)
- Tamo Juntas (Bahia)
Com informações de Onu Brasil. Leia o texto original aqui
A foto que abre esta reportagem é da ONG Tamo Juntas, de Salvador.
