Reforma política, voto distrital, blá, blá, blá… Tá certo que é preciso reformular o sistema político. O país tem que estabelecer novas regras que impeçam a prevalência dos indivíduos ou grupos “poderosos” sobre os brasileiros “normais” que queiram se candidatar a um cargo público nos legislativos e executivos Brasil afora. Pena que são as raposas que se locupletam da situação que vão decidir isso. Acho que deveria ser obrigatório a qualquer candidato ter formação educacional e experiência profissional mínima e, para determinados cargos, a exigência de um curso superior, em especial, de administração.
Muitos acham que isso seria cercear a oportunidade de qualquer pessoa se candidatar, mas, poxa, não dá mais para permitir que gente sem preparo tome assento em uma Câmara de Vereadores, em uma Prefeitura, em um Governo de Estado ou Assembleia Legislativa, em um Ministério, no Congresso Nacional ou na Presidência da República.
Acho um risco muito grande de serem ou cooptados pelos agentes “do mal” ou serem ludibriados nas manobras das raposas políticas.
Um empresário confidenciou que ficou espantado com a postura de um dos parlamentares mais destacados da Câmara Legislativa do Distrito Federal na hora da votação do aumento da alíquota do ITBI – imposto de transmissão de imóveis – de 2% para 3%. Quem defendia a proposta conseguiu convencer o tal deputado distrital de que o aumento seria de apenas ‘1%’, e não de 50%, que é a realidade dessa conta.
O tal parlamentar não percebeu a malandragem: achou que apenas 1% seria uma bobagem e voltou a favor da elevação. Coitada da população e dos que vivem de vender imóveis…
Manés apadrinhados
Outro ponto é que não dá mais para confiar a gestão de empresas públicas e de outros órgãos da administração governamental a uma série de manés apadrinhados. Precisamos de mais competência e seriedade. Claro que formação educacional não é indicadora de ‘bom caratismo’, mas aí é que entram instrumentos de controle e fiscalização na jogada.
A reforma tributária ficou para escanteio novamente, já que a reforma política ainda ocupa o noticiário. Uma pena.
Os últimos governantes do Palácio do Planalto perderam a oportunidade histórica de mexer na carga tributária e no alto custo da mão de obra para as empresas. Os empreendedores deveriam estar sendo estimulados a gerar empregos com menor custo, ter acesso a insumos e equipamentos com menor oneração de impostos, entre outras medidas, para movimentar a economia. Mas está acontecendo o contrário. Ainda mais em um momento de arrocho econômico – menos para o Planalto, que ainda mantém os quase 40 maraj…ops, ministérios, como se não fosse necessário cortar talvez metade das Pastas.
As empresas de vários setores estão enxugando negócios, empregos e fechando portas. Você vê isso na construção, na mineração, no varejo, nos serviços. Até na “ilha da fantasia”, como é também chamada nossa capital federal, a crise veio com ferocidade.
Desde 1990 moro e trabalho em Brasília. Nunca vi tanta empresa demitindo, fechando portas e muitos profissionais pedindo a amigos indicação para empregos ou mesmo um ‘bico’.
No dia 21 de maio, um posto de combustível, no Plano Piloto, anunciou o preço da gasolina a R$ 2,23 (sem 38% de impostos) para quem se aventurasse a enfrentar horas de fila. O abastecimento com desconto começou às 6h30. Desde meia noite já havia gente se preparando para dormir no carro à espera do relógio marcar 6h30.
Um motorista disse que chegou às 1h30, foi abastecer somente lá pelas 7h para economizar R$ 25,00. Cinco horas e meia para economizar R$ 25,00…É, a crise tá brava para os brasilienses!