Mulheres antenadas e sustentáveis

Mulheres antenadas e sustentáveis

Quando se fala em grupo de WhatsApp, o que vêm à cabeça são memes, emojis e as saudações de praxe: Bom dia!, Boa tarde! ou Boa noite acompanhadas de imagens fofinhas. E, de fato, é isso que mais rola nessa rede. Porém, as ferramentas das redes sociais também caíram no gosto do mundo corporativo e do universo acadêmico, assumindo o papel de um espaço para interlocução, digamos, mais qualificada.

Especialmente a partir da pandemia, que acabou empurrando um número maior de pessoas para o universo digital. Com isso as lives, as reuniões digitais de alinhamento, as aulas da faculdade vertidas no sistema EaD... passaram a compor o nosso dia a dia.

Foi nesse contexto que cerca de 200 profissionais da área de sustentabilidade se reuniram em um grupo de discussão sobre temas ligados ao universo ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança). Desta interlocução nasceu o livro Essas Mulheres Sustentáveis, lançado no início de junho em formato digital. São 48 textos assinados por profissionais com larga experiência no mundo corporativo e uma grande bagagem educacional.

O trabalho é apresentado em quatro blocos: Essencial, Experiência, Inspiração e Inevitável. E, ao contrário de muitos livros do gênero, que invariavelmente apostam no tom professoral (eu sei tudo e vocês nada sabem!) ou apelam para o alarmismo (o mundo vai acabar amanhã!), a linha editorial privilegia o diálogo, o acolhimento e a pluralidade de ideias. Não apenas sobre as questões ESG, como também na forma de apresentar determinado ponto de vista ou na capacidade de lançar luzes sobre alguma “dor específica”.

essas mulheres sustentaveis caoa do livro

Uma delas é tratada em Como Criar uma Área de Sustentabilidade, assinado pela consultora Christiane Cralcev. “Optei por escrever este artigo para tentar ajudar a desmistificar a ideia segundo a qual sustentabilidade é uma atribuição apenas de grandes corporações”, diz. Além do conteúdo “mão na massa”, o livro também conta com textos mais conceituais, nos quais cada componente do universo ESG é analisado de forma minuciosa.

Principalmente no que se refere ao “S” de social, conforme destaca a empreendedora Velma Gregorio, que além de assinar o texto Plexos, Complexos e Amplexos também cuidou da organização da obra. Para ela, as questões relacionadas à gestão e aos aspectos regulatórios envolvidos na sustentabilidade já foram apreendidas pelo setor privado. Agora, chegou a hora de cuidar das pessoas. “Daqui para a frente, o diferencial entre as empresas será a forma como cada qual se posiciona no debate sobre os direitos humanos”, aponta.

Entre o “mão na massa”, a tecnicalidade, a “pressão” do mercado financeiro sobre as empresas, principal motivador da rápida adoção da agenda ESG, e o endereçamento das questões humanas, também há espaço para poesia, como em ESG, uma Sigla Feminina?, e para a música.

Este último quesito foi o fio condutor do artigo assinado pela consultora Christie Bechara. “O noticiário dos jornais e da TV ficou muito pesado. Por conta disso, optei por um artigo um pouco mais leve”, conta. Ela explica que a inspiração veio dos bate papos com dois amigos: o maestro Ricardo Calderoni e o compositor Rogério Nicolau.

No texto, versos de canções interpretadas por Guilherme Arantes (Planeta Água), Trio Nordestino (Sobradinho), Lulu Santos (Tempos Modernos) Marcelo Jeneci (Só Eu Sou Eu) e Raul Seixas (Aluga-se) são encadeados de um jeito prazeroso, mas sem perder o sentido de urgência e relevância que o tema Sustentabilidade merece.

 

Clique para baixar gratuitamente o livro Essas Mulheres Sustentáveis